sábado, 25 de setembro de 2010

dor de estômago

Começo minhas linhas sem rumo e sem destino apenas libertando algumas palavras há pouco confinadas em mim...
Sinto uma coisa que se manifesta na garganta, invade o estômago e ali se aloja.
Já tentei de diversas maneiras me livrar desse mal estar. Preencher meu tempo para que não sinta mais o desconforto, dormir, às vezes, parece funcionar, caminhar jamais - me faz ficar pensando naquilo que está ali e dali não sai. É como se eu tomasse várias aspirinas que mascarassem os sintomas, mas que definitivamente não acabassem com eles, menos ainda com o verdadeiro mal.
Há, sim, remédios melhores como bons amigos que sabem escutar minhas reclamações, além de darem idéias para sanar a dor. No entanto, as palavras se esvairem, e, por mais intensas que sejam, não são capazes de curar algo um pouco mais tangível que elas... Só entende quem já sentiu, e só se cura quando se supera.


Mas como se supera?

domingo, 29 de agosto de 2010

segurança atraente

Carrego comigo uma bela filosofia de vida.
Há quem discorde e proteste... Mas eu simplesmente acredito cegamente
estar certa.
Pessimismo? Talvez... Mecanismo de autodefesa? Quem sabe...
Eu prefiro classificar como a melhor maneira de estar bem, sempre (não ouse confundir com comodismo!).
Nada de enrolações por hoje, serei breve e sincera:
Não espero nada de mim, de você nem de ninguém.
As expectativas, para mim, são arriscadas demais...
Não que eu não goste de correr riscos... Mas a segurança me atrai muito mais..

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Foi apenas um sonho

"Não se pode viver o passado e o presente ao mesmo tempo". Fernando Pessoa tem mesmo razão.
É dificíl viver sem que haja uma saudade que incomode, um arrependimento que atrofie sua consciência, um "e se tivesse sido diferente..." que te impeça de seguir em frente.
São muitas aflições que nos enlaçam ao passado. Muitas vezes por que ele foi tão bom, que não queremos desapegarmos, ou simplesmente porque nos marcou de tal forma que nem mesmo a esperança de um futuro novo e diferente consegue superá-lo.
No entanto, é preciso.
É preciso aprender a deixar pra trás o que não se conjuga no presente.
Não mais pensar no que foi, mas encarar o que é.
O ontem é um sonho que um dia foi real mas deixou de sê-lo.

E apesar de precisarmos sonhar na vida, não se pode viver dos sonhos.
Uma hora você acorda e cai da cama.

sábado, 1 de maio de 2010

Abençoada

Há quem consiga transformar lágrimas em sorrisos...
Há quem consiga fazer da solidão uma companhia agradável.
Há, também, aquele que de tão intenso e marcante te fere com a saudade.
Existem pessoas que não precisam usar as palavras, suas existências em si
já são suficientes para iluminar uma vida.

Eu encontrei uma dessas pessoas, dessas que transformam, ferem e se calam.
Na verdade, foi mais do que um encontro... Foi uma benção.
Porque mãe é isso... uma benção.

terça-feira, 27 de abril de 2010

A pequena princesa

Quando se é criança o mundo parece tão infinito. São descobertas, despreocupações, irresponsabilidades descompromissadas, a culpa nunca é nossa, é sempre da infância.
Até que crescermos. Mas, quando sabemos que crescemos? E por que se deve crescer, mesmo?
Por que abandonar nossa criança, deixa-la na creche, se foi ela quem nos fez crescer?
Não gostaria de despedir-me da pequena talita.
Mas têm coisas na vida que, infelizmente, não admitem que carreguemos no colo nossa infância.
Coisas que nos tornam mais um em meio a tantos. Trabalho, chefes, regras socioculturais, nosso querido tempo.
Abandonamos o que há de mais bonito na vida, a imaginação infantil e o mundo por ela criado.
Quem nunca, ainda que sozinho, quando criança tornou objetos, como garrafinhas vazias, estojos, produtos descartáveis, em seres vivos, em morcegos, macacos, golfinhos, carrinhos?! Meus chicletes viravam gente.

Quando pequenos, temos o poder de dar vida àquilo que está morto. Temos o poder de tornar o sem graça naquilo de mais terno e prazeroso. Não conheciamos o que os adultos chamam de "stress". Conseguíamos enxergar, com os mais sinceros olhares, o verdeiro brilho das estrelas. Sem nuvens, sem neblina. Sem pressa, sem preocupações.


Não gostaria que minha pequena princesa me abandonasse jamais, pois ela me nutre e me ilumina quando me vejo perdida no meu amadurecimento...

sábado, 20 de março de 2010

tic tac

O que buscamos? Corre corre, pressa, tempo alado, relógio desenfreado... Vive-se num tic tac constante, sem ritmo, acelerado. Mas enquanto ele anda, o que fazemos? CORREMOS.
Não olhamos os lados, não vemos as flores, não sentimos o vento, abandonamos amores.
Em troca, temos casa, cama, roupa, comida, ar condicionado por favor, um bom relógio, muitos tênis, escarpin e joanetes, tintas, paredes, muros, segurança - eu diria inseguranã - e muitas janelas fechadas.

Vivo diaramente um confronto interno. A vontade de inserir-me no mundo amante do material luta com a de buscar algo além do tocável. Tento, às vezes, buscar o equilíbrio, mas como fazê-lo se os dois, infelizmente, coexitem antagonicamente?

Ser isso ou ter aquilo?
Se sou e não tenho me torno nada aos olhos do detentor.
Um nada inadequado e excluso da realidade que ama o tocável e "comprável", ou seja, a atual.

O ser humano teme a rejeição. Temo. Assim, procuro vias que me levem à interação harmoniosa do ter e do ser. Confesso que ainda não percorri um décimo do caminho que me leva a tal equílibrio. Mas não deixo de caminhar, sem pressa, sem olhar no relógio, sem olhar ao meu redor.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Uma dica valiosa

Aos que não se satisfazem com meras superficialidades oferecidas pela internet, e buscam outras riquezas por ela regaladas, sirvam-se:


http://vidraguas.com.br/wordpress

Alimente-se do que é bom! :)

Buellers


Carregamos todos um lado Bueller. Tem quem o reprima, e quem o liberte.
Mas acho que deveriamos liberta-lo ainda mais...
Não encarar a rotina com tanta seriedade, muito menos a vida.
"Curtir a vida adoidado".
Mas nada de loucuras insensatas.
Medidas e limites são importantes.
Beba mais da sóbria loucura, sem nela afogar-se.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Não feche


Não feche suas portas. Mantenha cada uma delas, até mesmo as escondidas no desconhecido, abertas.
"Diante de coisa tão doída
conservemo-nos serenos
cada minuto da vida
nunca é mais, é sempre menos
Ser é apenas uma face
do não ser e não do ser
Desde o instante em que se nasce
se começa a morrer"

Autor desconhecido (pra mim).

Não sei se deveria, mas gostaria de discordar do poema,
ou melhor do seu pessimismo infeliz.
Aprendi - em conversas com amigos, e com uma grande perda -
que viver é sempre mais e nunca menos.
Que se deve ser com todas as cores, com todos os amores e desamores,
e com toda a vida que guarda dentro de si,
porque se um dia ela se esvairir, haverá sido por completo
afinal, morrer não é o fim, mas sim um caminho.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Pétalas

Dedico esse post a uma pessoa que deixou em mim suas marcas...
Como uma flor que brota e tráz consigo seu perfume encantador e, com o tempo, seca deixando apenas folhas secas e caídas, que um dia foram pétalas vivas e coloridas, deixaste em mim tuas pétalas de alegria e de saudade. Sinto o cheiro das recordações e vivo da tua lembrança. Como pode tão linda rosa ser morta antes que o tempo da vida se encarregasse disso ?
Ainda sinto seu perfume no ar... Tão doce, tão você...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Il y a longtemps que Je T'aime


Àqueles possuídores de tamanha paciência fica a dica: assistam.
Um dos melhores filmes que vi esse ano (confesso, não foram muitos).
Ainda que devagar, e quase que monossilábico, é extremamente envolvente
graças à atuação impecável de Kristin Scott Thomas. Em sua personagem,
Kristin retrata a frieza, a solidão e a culpa de forma comovente.
Vale a pena!

Prisão

















Descobri Friant em um filme (já postarei mais sobre). Grande descoberta.
Ao ver a obra, a sensação que tenho é a de aprisionamento de algo real em um cenário frio e nebuloso. O que realmente quis trasmitir Emilie Friant com a obra?

Um sopro ao vento

Gostaria de depositar algumas palavras, no entanto, não sei quais escolho.
Façamos assim: que nos baste o silêncio por tempo indeterminado.
O silêncio tem muito o que dizer...