sábado, 20 de março de 2010

tic tac

O que buscamos? Corre corre, pressa, tempo alado, relógio desenfreado... Vive-se num tic tac constante, sem ritmo, acelerado. Mas enquanto ele anda, o que fazemos? CORREMOS.
Não olhamos os lados, não vemos as flores, não sentimos o vento, abandonamos amores.
Em troca, temos casa, cama, roupa, comida, ar condicionado por favor, um bom relógio, muitos tênis, escarpin e joanetes, tintas, paredes, muros, segurança - eu diria inseguranã - e muitas janelas fechadas.

Vivo diaramente um confronto interno. A vontade de inserir-me no mundo amante do material luta com a de buscar algo além do tocável. Tento, às vezes, buscar o equilíbrio, mas como fazê-lo se os dois, infelizmente, coexitem antagonicamente?

Ser isso ou ter aquilo?
Se sou e não tenho me torno nada aos olhos do detentor.
Um nada inadequado e excluso da realidade que ama o tocável e "comprável", ou seja, a atual.

O ser humano teme a rejeição. Temo. Assim, procuro vias que me levem à interação harmoniosa do ter e do ser. Confesso que ainda não percorri um décimo do caminho que me leva a tal equílibrio. Mas não deixo de caminhar, sem pressa, sem olhar no relógio, sem olhar ao meu redor.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Uma dica valiosa

Aos que não se satisfazem com meras superficialidades oferecidas pela internet, e buscam outras riquezas por ela regaladas, sirvam-se:


http://vidraguas.com.br/wordpress

Alimente-se do que é bom! :)

Buellers


Carregamos todos um lado Bueller. Tem quem o reprima, e quem o liberte.
Mas acho que deveriamos liberta-lo ainda mais...
Não encarar a rotina com tanta seriedade, muito menos a vida.
"Curtir a vida adoidado".
Mas nada de loucuras insensatas.
Medidas e limites são importantes.
Beba mais da sóbria loucura, sem nela afogar-se.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Não feche


Não feche suas portas. Mantenha cada uma delas, até mesmo as escondidas no desconhecido, abertas.
"Diante de coisa tão doída
conservemo-nos serenos
cada minuto da vida
nunca é mais, é sempre menos
Ser é apenas uma face
do não ser e não do ser
Desde o instante em que se nasce
se começa a morrer"

Autor desconhecido (pra mim).

Não sei se deveria, mas gostaria de discordar do poema,
ou melhor do seu pessimismo infeliz.
Aprendi - em conversas com amigos, e com uma grande perda -
que viver é sempre mais e nunca menos.
Que se deve ser com todas as cores, com todos os amores e desamores,
e com toda a vida que guarda dentro de si,
porque se um dia ela se esvairir, haverá sido por completo
afinal, morrer não é o fim, mas sim um caminho.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Pétalas

Dedico esse post a uma pessoa que deixou em mim suas marcas...
Como uma flor que brota e tráz consigo seu perfume encantador e, com o tempo, seca deixando apenas folhas secas e caídas, que um dia foram pétalas vivas e coloridas, deixaste em mim tuas pétalas de alegria e de saudade. Sinto o cheiro das recordações e vivo da tua lembrança. Como pode tão linda rosa ser morta antes que o tempo da vida se encarregasse disso ?
Ainda sinto seu perfume no ar... Tão doce, tão você...