sexta-feira, 25 de março de 2011

todo dia, o dia todo

Perco a noção do tempo e do espaço.
Nem tudo que não é certo é errado.
O vazio tá mais revirado, tá mais alojado, tá mais criativo.
Tá aqui e tá ali. Tá em todo o lugar.
Olho pra lá e vejo tanta coisa.
Tem prédio, tem rua, tem luz, tem gente, tem um, tem outro, tem outros, apenas outros.
Mas ver não é enxergar. Vejo tanto e enxergo tão pouco.
Enxergo absolutamente o nada.
Fico vazia.
Sou vazia?
Não sinto, não minto, não nego, não me entrego.
Simplesmente não.
É o meu ensaio sobre a cegueira, meu próprio ensaio.
O ócio como protagonista e minha loucura como figurante.
Cabe a cada um o papel que lhe foi conferido, se ousarem brigar pela troca aí é que o bicho pega... É a encenação ganhando vida, a loucura se achando divina.