O que buscamos? Corre corre, pressa, tempo alado, relógio desenfreado... Vive-se num tic tac constante, sem ritmo, acelerado. Mas enquanto ele anda, o que fazemos? CORREMOS.
Não olhamos os lados, não vemos as flores, não sentimos o vento, abandonamos amores.
Em troca, temos casa, cama, roupa, comida, ar condicionado por favor, um bom relógio, muitos tênis, escarpin e joanetes, tintas, paredes, muros, segurança - eu diria inseguranã - e muitas janelas fechadas.
Vivo diaramente um confronto interno. A vontade de inserir-me no mundo amante do material luta com a de buscar algo além do tocável. Tento, às vezes, buscar o equilíbrio, mas como fazê-lo se os dois, infelizmente, coexitem antagonicamente?
Ser isso ou ter aquilo?
Se sou e não tenho me torno nada aos olhos do detentor.
Um nada inadequado e excluso da realidade que ama o tocável e "comprável", ou seja, a atual.
O ser humano teme a rejeição. Temo. Assim, procuro vias que me levem à interação harmoniosa do ter e do ser. Confesso que ainda não percorri um décimo do caminho que me leva a tal equílibrio. Mas não deixo de caminhar, sem pressa, sem olhar no relógio, sem olhar ao meu redor.
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Só pra voce saber que eu leio seus pensamentos!
ResponderExcluirsaudade!! te amo!
legal :D
ResponderExcluirgostei :)
ResponderExcluirEu não sabia que você escreve tão bem... Parabéns.
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