segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dever de casa

Queria ser mais segura, queria ter menos medo.
É muita coisa pela qual eu temo, é muita coisa pela qual eu zelo.
Será que é questão de ligar menos, ou estimular meu desapego?
Será que é expectativa alta e pouco sossego?

Sei que de certo só tenho o passado, de seguro só tenho o agora.
Quisera eu ter por garantido tudo aquilo que me consome:
o amor, o sorriso, o amigo, o carinho, o abraço e a euforia,
sem medo, sem perigo, sem risco, sem abismo...

Que o temor não vire lombada, que o muro não vire linha de chegada.
As pessoas não são as mesmas, as feridas são renovadas. De ralado à
cicatriz, de pancada a hematoma.

A gente se cura, mas a lembrança sempre figura.
Não quero traumas. Quero lições.

(Texto escrito há meses. Jogadinho no rascunho, coitado).



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